Nos encontramos sobre o Nível
Não é sempre que um dos temas do pensamento especulativo torna-se a questão de calorosas discussões, mas isso é o que aconteceu em nossa história nacional entre 185o e 1861 com a doutrina da igualdade. Toda a discussão, não é preciso dizer, foi trazida à tona pela questão da escravidão. Oradores anti-escravidão não se cansavam de lembrar a seus amigos do sul que os pais da nação, na sua Declaração de Independência, tinham proclamado abertamente “que todos os homens são criados iguais”: sendo essa a verdade, eles argumentaram em seguida que os negros têm os mesmos direitos e deveres que qualquer outro cidadão. Os defensores pró-escravidão retorquiram dizendo que os pais do país, muitos deles, tinham sido donos de escravos, e que o que eles realmente queriam dizer era: “todos os homens são criados iguais, exceto os negros.” Aquele que estuda completamente os debates mais importantes sobre o assunto – e será muito recompensado por isso – vai aprender como é extremamente difícil criar alguma definição de igualdade que imediatamente irá fazer justiça, alterando a maneira de como as coisas são para como elas deveriam ser. A igualdade é uma aspiração (na Maçonaria como em outros lugares), uma esperança, um sonho, um ideal, difícil de se exprimir apenas em palavras, algo que não se consegue apenas com a força do pensamento, de modo que se deve continuar tratando do assunto depois de tudo que foi pensado sobre ele se você ainda não é capaz de conceber a igualdade.
É tão difícil chegar a uma concepção clara de igualdade a partir da história da Maçonaria, como é a partir da história desta nação. A velha Maçonaria Operativa não teve qualquer igualdade, exceto em um sentido muito especial. Sua corporação era uma parte indefesa de uma ordem social aristocrática.
Ela mesmo era um lugar em que a própria associação era determinada pelos regulamentos mais rigorosos estabelecidos “de cima para baixo”. As próprias corporações foram classificadas por relevância, e os membros de cada associação rapidamente também criaram uma hierarquia similar. Não há nenhuma evidência de que, antes de 1717, qualquer forma de Maçonaria explicitamente ensinava e aplicava a doutrina da igualdade. Posteriormente a 1717 a doutrina veio à tona, e em alguns países quase esteve em primeiro lugar entre os ensinamentos maçônicos. Mas, mesmo assim, houve muitas exceções. Na Maçonaria dos países latinos não havia igualdade, por razões óbvias, tendo sido então este um tema muito mais enfatizado. Mesmo na Inglaterra, a casa da democracia, ela nunca teve uma aplicação muito rigorosa. Quando o conde de Carnarvon empossou o Rei Eduardo VII como Grão-Mestre, ele teve o cuidado de lembrar àquele potentado que a Maçonaria Inglesa nunca tinha sido subversiva ao sistema monárquico na Inglaterra como tinha sido em outros países.
É na França e na América que encontramos a doutrina maçônica da igualdade mais em evidência, e mais influente. O papel desempenhado pela Maçonaria durante a Revolução Francesa é, e talvez seja para sempre, um mistério. Mas não há provas sólidas que indiquem que a Maçonaria tinha poder suficiente para convencer as massas francesas de que essas tinham direitos próprios. Atualmente liberdade e democracia são amplamente entendidos na França no sentido igualitário. “Liberdade, Fraternidade, Igualdade” é um slogan que ainda não perdeu seu poder de encanto.
Mas é em nossa própria terra que a igualdade tem desempenhado o seu importante papel na história maçônica. Pode ter sido a própria Maçonaria (embora isso seja alvo de acaloradas discussões) quem escreveu na Declaração as palavras: “todos os homens são iguais”. É certo que a Maçonaria tinha muito a ver com a estirpe de igualitarismo que consta na Constituição. É certo que a Ordem estava na vanguarda na defesa dos direitos igualitários dos negros. E é certo que, nos dias atuais, igualdade e Maçonaria são quase sinônimos para muitas pessoas.
Eu tenho minha própria teoria sobre o que significa a Igualdade para os maçons, e eu vou expô-la, mas isso não é nada mais que minha própria opinião, e não uma manifestação de uma formulação geralmente realizada da doutrina. Eu desejo que tal interpretação geral possa ser feita, porque é isto que o pensamento maçônico exige. Até que possamos elaborar tal interpretação por completo o assunto sempre permanecerá nebuloso como parece ser agora (se assim se pode pensar a partir de livros maçônicos, discursos e artigos), e não são muitos os maçons que irão entender o que queremos expressar quando dizemos que todos os maçons “encontram-se sobre o nível”.
É mais fácil aproximar-se de uma pessoa por um processo de eliminação. Pela igualdade, não podemos dizer que todos os homens são iguais em sua características naturais.
Há homens grandes e homens pequenos, e todos nós sabemos que, em muitos casos, um homem grande “nasceu assim”, e que um homem pequeno não pode se tornar grande mesmo por muito esforço. Porque é assim é um mistério, e parece ser (embora sem dúvida não seja) uma injustiça fundamental na própria estrutura do universo. Isso me veio à mente recentemente durante a leitura do terceiro volume de “A História dos Estados Unidos”, de James Ford Rhodes, em que ele descreve através de várias páginas a comparação entre Lincoln e McClellan. McClellan foi rancoroso, vaidoso e mal-educado; ele era um bom organizador, mas não tinha a coragem que, naturalmente, pertence a um general. Ele tratou o presidente com grosseria, e escreveu a sua esposa (de McClellan) palavras carregadas de tanto orgulho que a fizeram acreditar que o destino da União dependia dele sozinho. Lincoln era uma grande encarnação do poder humano, e podia ser magnânimo, brando, e por essa mesma razão paciente. Com esse contraste entre eles, não podiam então se ajudar, mas acredito que as diferenças que os mantinham separados eram originárias apenas da “natureza” de cada um, e que no momento do nascimento Lincoln teve mais da natureza humana do que McClellan. Uma desigualdade como essa, aquela que vai. até as raízes do ser, é aquela que é difícil de conciliar com o nosso senso de justiça imparcial da natureza. Mas o fato é que nesse caso, e em qualquer outro, por dois homens não possuírem os mesmos talentos, deixamos os teóricos abstratos falar o que que quiserem.
Nós não podemos dizer que os homens são iguais em natureza: também não podemos dizer que eles são iguais, ou podem ser iguais, na oportunidade. Isso pode eventualmente acontecer em pequenos círculos onde todos os membros vivem nas mesmas condições, como no caso de uma família, ou um bairro, mas não é o que ocorre quando olhamos de uma maneira mais ampla. O Bosquímanos australianos, para tomar um exemplo extremo, podem nunca ter as oportunidades para a educação, para a riqueza, para o prazer, a fama, etc., e por outro lado o jovem americano médio pode vir a desfrutar de tudo isso. Os homens devem ter oportunidades iguais, mas eles não as tem. Eles nunca podem tê-las porque a própria Terra é muito diversificada, e em cada lugar são diferentes as “armas” oferecidas àqueles que ali nascem de modo que possam estar aptos a aproveitar o que a vida ali lhes oferece.
Os homens não nascem iguais em habilidades. Por isso não é necessário dizer muito porque esse tipo de desigualdade nos confronta em todos os lugares. Ela costumava ser a moda entre os teóricos para ensinar que, se todos os homens pudessem receber a mesma educação e terem as mesmas chances de riqueza, e viverem sob as leis de igualdade, e serem libertados de restrições não naturais, todos viriam a ter a mesma taxa de sucesso. Horace Mann acreditava firmemente que, se todos os meninos e meninas desta nação pudessem entrar na faculdade todos eles viriam a ser estudiosos, proficientes em grego, latim e artes. Mas aqueles que tiveram alguma experiência com meninos e meninas na faculdade sabem que nada é mais certo e invariável do que as diferenças de habilidade. Um aluno, não importa o quanto ele tente, pode não dominar as disciplinas; outro parece compreendê-las por natureza.
Por fim – não há necessidade de continuar com mais exemplos – não pode haver algo como igualdade social, se por esse termo entendermos uma uniformidade social. As classes sociais existem, e sempre existirão, porque as necessidades sociais e instintos são diferentes. Se uma classe social (eu uso a palavra em seu sentido mais amplo) é baseada em castas, ou privilégio aristocrático, ou qualquer outro tipo de privilégio especial, então é um mal. Mas há muitas classes sociais que são baseadas não no princípio da superioridade de um grupo de pessoas para com outro, mas sobre o fato da diferença entre os homens. Vou usar um exemplo simples. Em uma pequena cidade um grupo de cinquenta pessoas se organiza em um clube literário, e nas atividades do clube reúnem-se socialmente, se familiarizam uns com os outros, e todos compartilham do prazer comum da arte literária. Suponhamos, para clarear o exemplo, que a admissão a este clube se baseie puramente no desejo de compartilhar o estudo da literatura. É claro que haverá um grande número de pessoas na comunidade que nunca irá desejar a adesão, porque em cada comunidade há muitos que, por sua natureza, não se importam em nada com literatura. Esse exemplo, como eu disse acima, é de caráter trivial, por si só, mas pode servir para nos lembrar de como há muitas variações sociais, classes, panelinhas, clubes, etc., e existem em todos os lugares, onde não pairam qualquer discussão sobre superioridade, mas há diferenças de interesses, gostos e objetivos entre as pessoas. Enquanto existirem tais diferenças (que provavelmente irão existir enquanto existir a raça humana) nunca chegará o momento em que tais agrupamentos sociais irão desaparecer, e por conseguinte, nunca chegará o momento em que todos os homens irão desfrutar das mesmas vantagens sociais. Trabalhar para a criação de um Estado social, tal como os comunistas já fizeram (Owen, Fourier, Saint-Simon, etc.) é esforçar-se para o impossível. Tal comunismo social não é a igualdade em nenhum sentido possível.
O que, então, é a igualdade? Em vez de tentar qualquer definição exaustiva, vou fazer uma generalização a respeito dela, e então confiar a uma série de exemplos que espero possam defini-la. A afirmação é a seguinte: todo homem está habilitado a ter direitos iguais aos direitos desfrutados por outro homem, para os desempenhos normais e sem impedimentos de sua natureza.
Sir Isaac Newton tinha um grande intelecto, um dos maiores que já apareceu na Terra, e nisso todos os historiadores concordam. Meu intelecto não pode, de forma alguma, ser comparado ao dele. No entanto, eu reivindico o direito de usar meu intelecto, tal como ele é, do mesmo jeito que ele usava o dele; e ele, se estivesse vivo, teria qualquer direito, apenas por causa de sua própria superioridade, para me negar as prerrogativas de usar meu intelecto. Para ele a fazê-lo, e para mim a submeter-me a tal humilhação seria um crime contra a natureza. O direito de utilizar a mente é, para todos os homens em todos os lugares, sempre o mesmo direito, qualquer que sejam as desigualdades de capacidade mental. Sempre que esse direito é dificultado, ou controlado no interesse de alguma panelinha ou classe, como já aconteceu muitas vezes, a sociedade sofre, os indivíduos sofrem, e um erro é cometido que merece uma punição exemplar.
A mesma coisa vale para as habilidades práticas. William Morris tinha um gênio extraordinariamente versátil. Ele poderia tecer tapeçaria, esculpir madeira, pintar quadros, escrever poesia, fazer discursos, modelo em argila, publicar livros, e uma mais uma infinidade de coisas, e fazer tudo com rara habilidade. Há poucos de nós que poderiam reivindicar tal capacidade, mas, mesmo assim, temos o mesmo direito de usar nossos “poderes”, tal como eles são, assim como Morris usava os seus. Por isso é fundamental e muito importante dizer que Morris não era melhor que o mais desajeitado aprendiz que trabalhava em suas oficinas.
Cada um de nós é social por natureza, e quase cada um de nós aprecia o raro privilégio de amizade. Mas alguns homens tem o talento para fazer amizades. Theodore Watts-Dunton, ele mesmo relativamente um desconhecido, era o centro de um círculo de amigos em que quase todos se tornaram famosos em algum momento. Nosso próprio Charles Eliot Norton, um dos espíritos mais raros já habitaram esta terra, contava entre seus amigos íntimos homens como Ruskin, Carlyle, Emerson, Lowell, George William Curtis, Charles Darwin, Leslie Stephen, e ninguém sabe quantas mais personalidades de destaque. Você e eu podemos contar os nossos amigos nos dedos de uma mão, e por mais humildes que eles possam ser, por mais simples que tenham sido suas realizações, cada um de nós tem o direito de ter amigos, o mesmo direito que beneficia os Watts-Dunton e Eliot Norton. Tal afirmação pode parecer extremamente banal, mas há lugares no mundo agora, e houve muitos lugares no passado, onde a vida social foi tão rigidamente restrita que o costume e a ordem aristocrática a tornaram impossível para todos, mas uns poucos conseguiram colocar em prática, sem obstáculos, o cultivo da amizade, algo tão caro nas relações humanas.
O direito de igualdade humana foi frequentemente violado, ao que parece, na religião, o campo em que os homens deveriam desfrutar da maior medida dele. Quantas narrativas de usurpações, tirania e aristocracia tem sido a história das religiões no mundo! Só de pensar no assunto exemplos vêm à mente em números incontroláveis. Durante um grande período de sua história o povo egípcio foi totalmente humilhado sob os pés de uma hierarquia sacerdotal que doutrinou as massas com seus próprios instintos de culto, e fizeram uso desse instinto para obter vantagens para sua própria classe. Depois de Buda ter revelado aos olhos de seu povo a sacralidade de cada alma ante as realidades inefáveis e eternas do universo, os brâmanes vieram com suas castas e seus mecanismos de opressão e as pessoas perderam mais uma vez todos os usos de suas próprias faculdades religiosas. Jesus veio fazer com que cada homem conhecesse a si mesmo como filho de Deus, unido ao grande círculo de irmãos, mas depois o tempo passou, e os clérigos perderam o caminho, sendo necessária uma revolução luterana para restaurar aos cristãos “A liberdade de um homem cristão”. A velha senhora do outro lado da rua, que lê a Bíblia de manhã e à noite, que quando acorda e quando vai dormir faz uma oração, e que vive em sua maneira humilde e ignorante uma vida religiosa, pode estar a mundos de distância das faculdades religiosas de um Jesus, Buda ou Lutero; mas ela tem tanto direito quanto eles a ter seus pequenos pensamentos religiosos e conduzir sua vida de pequenas devoções.
A partir disso, será visto que a igualdade não é uma teoria utópica que os homens sonharam como sendo desejável neste mundo cruel. Longe disso! A igualdade é uma necessidade da nossa natureza, sem a qual vivemos mutilados, vivemos vidas infelizes. É uma necessidade, quando bem compreendida, como alimentos, roupas e abrigo. O que aflige os homens é que a igualdade que a natureza ordena é um crime contra a essência humana. Ele faz algo que deve, necessariamente, ser seguido por consequências trágicas, como é o caso da violação de qualquer outra condição, tornadas necessárias pela própria Natureza. É por isso que a doutrina não é um mero brinquedo para eruditos, mas um problema premente para cada homem, no entanto ele pode estar ocupado e não se dar conta disso.
“Mas”, algum leitor pode aqui legitimamente interpor, “isto é tudo muito bom, e ninguém vai negar que a igualdade é um direito, mas de que forma podemos tratá-la como algo real? Qualquer um precisa apenas olhar em volta para ver que a igualdade simples e básica que você descreveu não está sendo desfrutada pelas massas!”
“É verdade,” Eu deveria responder: “mas você se limitou a afirmar o fato complementar (complementares, isto é, com o que tenho dito até agora) que a igualdade é uma tarefa bem como um direito, e é precisamente porque a igualdade é um direito que é para todos nós uma tarefa.” Com isso quero dizer que, se temos claro em nossa mente que todo homem tem todo o direito de uma medida razoável de igualdade, então é uma tarefa para todos nós, na medida em que somos bons maçons e cidadãos, para assim ver um dia que todo homem pode desfrutá-la. Ver todo homem conquistar a igualdade é uma das grandes missões em que a Maçonaria está envolvida.
Vamos considerar um momento igualdade perante a lei. Houve um tempo na Inglaterra, quando só os ricos tinham acesso à proteção da “lei” em tudo, e quando o sacerdócio tinha seus próprios tribunais, onde padres faziam as leis para padres. Homens pobres foram presos; condenados sem julgamento; e muitas vezes executados sem provas. Tudo dependia do capricho do conde, ou do barão, ou bispo, ou rei, ou um outro qualquer. Mas aos poucos foi desenvolvido na Inglaterra uma verdadeira igualdade perante a lei, como pode ser comprovado através das seguintes importantes marcas da evolução da liberdade do povo inglês:
- Carta Magna
- A petição de Direitos, 1628
- Habeas Corpus, 1679
Em nossos dias de colônia esses ganhos obtidos pelo povo da Inglaterra, naturalmente, foram apreciados pelos primeiros colonizadores, e eles, finalmente, depois de escrever a Declaração de Independência, incorporaram a igualdade perante a lei de base na Constituição, e nas primeiras sete ou oito emendas à mesma.
Mas, como seria de esperar, a igualdade perante a lei ainda não é um fato percebido por todos. O advogado de uma grande corporação me disse que seus empregadores eram tão poderosos e que através de sua riqueza ele seria capaz de manter qualquer caso indefinidamente nos tribunais, e, assim, se desgastam qualquer adversário. “Atrasos da lei”, são muitas vezes uma calamidade triste para um homem pobre. Na minha própria comunidade, onde tinha minha antiga casa, eu sabia de dois homens cujas experiências opostas ilustram esse fato lamentável. Um deles era o presidente de uma grande corporação que em um tribunal federal foi considerado culpado em dez acusações graves, mas sendo um presidente de empresa, e muito rico, e muito importante, ele não pagou um centavo de multa e não passou um dia na prisão. Quando ele voltou para sua cidade natal, foi recebido na estação ferroviária por uma banda e uma longa procissão. O outro homem sobre quem eu sabia que tinha roubado uma bobina de fio de cobre de uma colheitadeira na mesma cidade e pegou dois anos na penitenciária pelo crime! O leitor sabe de casos semelhantes, eu não tenho nenhuma dúvida, e assim acontece em todo o mundo. Mas isso é só para dizer que qualquer direito que a humanidade ganha é sempre imperfeitamente realizado, e devemos sempre procurar ganhar mais e mais, e todo direito adquirido deve ser cuidadosamente protegido, porque se relaxarmos a vigilância, e isso é uma tendência da sociedade, andaremos para trás. Igualdade perante a lei como agora temos neste país não é encontrada em nenhum outro lugar no mundo, salvo na Inglaterra, França e algumas outras nações. Na grande parte do mundo é uma coisa desconhecida. Se a igualdade ainda não é algo perfeito, o desafio de se chegar lá é nosso; e é em algum sentido, uma prova de que a doutrina da igualdade é uma coisa impossível.
O que é dito sobre a igualdade perante a lei vale para o que é dito sobre igualdade de direitos e senso de justiça. E nós, maçons temos a obrigação particular de nos dedicarmos à tarefa de tornar a igualdade em todos os lugares uma realidade. A igualdade é um de nossos princípios fundamentais. A Fraternidade não nos permite esquecer disso; o ritual grava-a no candidato em todos os sentidos; a loja é de tal modo organizada para que todos “se encontrem sobre o nível”. O candidato é preparado para sentir que sem a ajuda de seus companheiros ele é um desprotegido, nu, cego, destituído das coisas, sem esperança; o membro da Ordem é preparado para saber que cada Maçom tem direitos iguais a todos os outros Maçons, paga os mesmos encargos, entra nas mesmas condições, tem suas funções nos mesmos termos que os outros, e compartilha em igualdade com todos os outros os encargos e obrigações da Ordem.
Continua…

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