Em um trabalho profundo e provocativo intitulado “O que se perdeu no Terceiro Grau?”, o Dr. Snoek afirmou que os ritos maçônicos que conhecemos hoje sofreram muitas mudanças. A primeira delas foi a ampliação de dois para três graus na década de 1720, e em segundo lugar a introdução da Lenda de Hiram, exposta pela primeira vez por Samuel Pritchard em outubro de 1730.
Em seguida, ele se referiu a algo muito curioso: Pritchard e todas as exposures subsequentes do século XVIII, declaravam que Hiram foi enterrado no Sanctum Santorum do Templo de Jerusalém. No entanto, tal ato teria sido proibido por contaminar o Santuário.
Segundo o Dr. Snoek, os maçons do século XVIII identificavam Hiram com o próprio Yahveh, que teria ditado as dimensões do Templo ao Rei David antes que o trabalho fosse realizado por seu filho Salomão.
Ele apresentou uma série de ilustrações que mostram como as exposérs continentais tinham o nome de Yahveh sobre o ataúde de Hiram no Terceiro Grau.
Ainda de acordo com o Dr. Snoek, esta identificação do candidato com o Construtor do Templo e, portanto, por analogia com Yahveh, é familiar aos historiadores da religião como uma “união mística“, onde o praticante tenta se unir misticamente à divindade. Em seguida passou à revista dos acontecimentos de 1813, quando o nosso ritual atual foi criado, e concluiu que as práticas modernas romperam o funcionamento dos trabalhos das duas Grandes Lojas, a Antiga e a Moderna.
Essa alteração fundamental para os três graus, removeu os aspectos místicos da Maçonaria do século XVIII, em uma aparente tentativa de tornar as cerimônias mais aceitáveis aos membros não-cristãos e com um sabor mais adequado ao gosto do século XIX.
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