Introdução
Nas últimas décadas, a maçonaria tem se tornado objeto de estudo de muitos campos do conhecimento[1]. No campo da história, a emergência de novos trabalhos, nos quais a maçonaria figura como tema principal de pesquisa, apresenta-se como consequência dos avanços obtidos pela renovação da história política. Por longo tempo, a política, sob influência da escola francesa dos Annales, esteve relegada à situação de mero apêndice da História. Criticada por sua superficialidade, a tradicional história política caracterizava-se pela defesa do trinômio: narrativa, crônica e acontecimento, estando aprisionada em uma visão centralizada e institucional do Estado. Contudo, a partir da década de 1970, a política voltou a assumir um lugar de destaque na historiografia ao tomar para si métodos e abordagens oriundos das ciências sociais. Este fenômeno de renovação chamado de “nova história política” permitiu a abertura dos estudos para novos objetos e novos enfoques que, até então, não…
Ver o post original 4.332 mais palavras