
‘Não servem para ingênuos’: Heresias de Newton
Estudiosos têm geralmente assumido que Newton era um herege autodidata. Eu apresento provas nesta seção que colocarão em dúvida esta presunção.
Westfall sugeriu que o estudo de Newton da história da teologia e da Igreja foi motivado por seu prazo de ordenação de 1675[9], e este pode ser o caso. Westfall também disse que Newton via-se em heresia avançada[10]. Uma cópia do Nucleus historiae ecclesiasticae de Christopher Sand de 1669, cheio de páginas marcadas na biblioteca de Newton pode sugerir um processo mais complicado de inspiração[11]. O Nucleus do Ariano alemão era uma obra de grande erudição e era respeitado por uma série de estudiosos, inclusive os ortodoxos[12]. Seu objetivo principal era “restabelecer as correntes ‘Ariana’ e ‘Arianizante’ na história do cristianismo”[13]. Este é exatamente o programa historiográfico de Newton. Sand também lida com Atanásio e os Homoousianos – preocupações que ecoam ao longo dos escritos de Newton[14]. Sabemos que Newton havia encontrado Sand já em 1690, pois ele se refere às Interpretationes paradoxae de Sand em seu “Duas corrupções notáveis”[15]. Mas esta mesma referência ao Interpretationes aparece no Commonplace Book[16] de Newton que data substancialmente do início até meados da década de 1680 (e provavelmente inclui o material da década de 1670)[17]. Newton também teve pronto acesso à biblioteca de Isaac Barrow, que com a morte deste último em 1677 continha cópias tanto do Nucleus quanto do Interpretationes[18] de Sand. Mordechai Feingold também aponta para a possibilidade de que Newton tenha adquirido sua cópia do Nucleus da biblioteca de Barrow em 1677[19]. Isso fecha a janela entre a conversão de Newton ao anti-trinitarianismo e sua primeira exposição a Sand para poucos anos, no máximo.
Significativamente, os dois livros de Sand fornecem referências aos Socinianos, um movimento do qual o próprio Sand era dependente[20]. Através de uma campanha maciça de publicação no século XVII, a literatura Sociniana havia se espalhado por toda a Europa – incluindo a Inglaterra[21].
Os Socinianos (ou Irmãos Poloneses) eram o mais intelectualmente avançado movimento anti-trinitariano da época; como tal, seria surpreendente se Newton não tivesse procurado seus escritos (isto é, no caso em que ele já não tivesse recebido sua inspiração a partir deles). E procurar seus escritos ele procurou: Newton possuía pelo menos oito obras Socinianas[22], juntamente com um título anti-trinitariano de autoria de Giorgy Enyedi[23] (influenciado pelos Socinianos) e uma cópia inglesa sociniana-unitariana de A Fé no Único Deus[24].
Sabemos que Newton leu estas obras, pois vários exemplares sobreviventes mostram sinais de dobras nos cantos das páginas. Uma referência ao Socinianos em “Duas corrupções notáveis” mostra que a leitura desses autores já estava em andamento em 1690[25]. Newton pode ter encontrado pela primeira vez as obras Socinianas na biblioteca do Trinity College[26]. Além disso, juntamente com as duas obras de Sand, a biblioteca de Barrow continha uma cópia do Catecismo Racoviano Sociniano, do Brevis disquisition do Sociniano-Unitariano inglês John Biddle e do trabalho anti sociniano Photinianismus de Josias Stegmann[27]. Seu amigo e interlocutor teológico John Locke também possuía uma extensa coleção Sociniana – sem dúvida uma das mais ricas na Inglaterra – que seria importante para o período de sua amizade (de 1689 até a morte de Locke em 1704)[28]. Além disso, a partir da primeira década do século XVIII, Newton estava em contato íntimo e prolongado com seu vizinho de Londres, amigo íntimo e companheiro de heresia Samuel Clarke, que possuía uma ou possivelmente duas séries de trabalhos coletados Socinianos (Bibliotheca Fratrum Polonorum)[29]. Para dar outro exemplo, a famosa biblioteca de Londres do Bispo John Moore, de quem Clarke foi catalogador chefe, continha quase setenta títulos Socinianos[30]. Portanto, além de seus próprios livros, Newton teria tido acesso quase ininterrupto a uma série de trabalhos Socinianos ou influenciados pelo Socinianismo desde o momento de sua conversão ao anti-trinitarianismo no início dos anos 1670 até sua morte em 1727.
Seja de sua própria biblioteca ou da biblioteca de outros, os contornos teológicos do anti-trinitarianismo contemporâneo eram visíveis em todo o pensamento de Newton. Newton e outros anti-trinitarianos do século XVII envolveram-se em um esforço sustentado para desmontar a história dos vencedores trinitarianos e substituí-la por uma narrativa que justificava a legitimidade da fé anti-trinitariana; o Nucleus de Sand é um clássico nesta tradição. Em particular, ambos, Newton e os socinianos, acreditavam que o cristianismo primitivo era simples e derivava somente de uma leitura correta das Escrituras. Esta fé pura, no entanto, foi corrompida pela intromissão da filosofia, a metafísica e a tradição das crenças gregas – a apostasia profetizada[31]. Todos os dogmas, não ligados às escrituras, pós-credos e filosoficamente articulados eram, portanto, suspeitos[32].
Tanto Newton quanto os socinianos desejavam recuperar a verdade primitiva do cristianismo[33]. Os Socinianos, assim como Newton, argumentavam que as corrupções da linguagem e novitas verborum eram as principais causas da divisão da Igreja[34]. Na historiografia Sociniana, assim como aconteceu com Newton, a invenção do novo termo homoousia é vista como uma praga do mal sobre a Igreja[35]. Além disso, de uma forma assustadoramente semelhante a Newton, os Socinianos argumentavam que a doutrina primitiva foi preservada por um remanescente, e que apenas alguns poucos escolhidos podiam descobrir o bem supremo, que é a verdade divina; as massas, por outro lado, nunca irão escolher “as melhores coisas”[36].
Newton também se envolveu na crítica textual anti-trinitariana. As Interpretationes de Sand são direcionadas para o mesmo fim. O Socinianos, também, eram adeptos textuais críticos e muito cedo tinham reconhecido que passagens como a de Johanneum (1 João 5: 7) eram interpolações[37]. Os Socinianos utilizavam esta disciplina para remover aparentes contradições bíblicas, a fim de defender a Palavra de Deus[38], e um elemento importante disso envolvia expurgar supostas corrupções trinitarianas. Essa motivação também é vista em “Duas corrupções notáveis”[39] de Newton, mesmo que seja difícil determinar se Newton foi inspirada pela crítica textual Sociniana, ou atraído por ela.
Alguns dos paralelos mais notáveis estão entre a Cristologia de Newton e os socinianos. Os Irmãos Poloneses e Newton sustentavam que somente o Pai é verdadeiramente e exclusivamente Deus, usando os mesmos textos-prova, incluindo o locus classicus fundamental anti-trinitarianos 1 Coríntios 8:4-6[40]. Newton e os socinianos afirmavam que a unidade do Pai e do Filho é moral, não metafísica e substancial[41]. A apresentação de Newton do Pai como um Deus de domínio é também um lugar comum[42] Sociniano, assim como é a sua crença de que Cristo era Deus por ofício, não natureza[43].
Os paralelos doutrinários também se estendem para além das questões Trinitológicas. Tanto Newton quanto os Socinianos eram mortalistas que viam o ensinamento da alma imortal como a corrupção injustificada do cristianismo primitivo[44]. Relacionadas ao seu mortalismo, mas sem um paralelo Sociniano explícito, Newton veio a negar (em grande parte por razões exegéticas) a realidade da um diabo pessoal e demônios literais – os últimos dos quais ele equiparava aos espíritos dos mortos, cuja existência era uma impossibilidade doutrinária para alguém que negava que a alma pudesse existir sem o corpo[45]. A negação da eternidade dos tormentos do inferno também fazia parte do sistema Sociniano, e se dizia que também era parte do sistema de Newton[46]. Além disso, Newton e os Socinianos aceitavam o batismo dos crentes, sustentando que o batismo só pode ter lugar após um processo de catequização e fé[47]. Também, Newton e os Socinianos eram irenicistas comprometidos e defendiam a tolerância religiosa[48]. Finalmente, os Socinianos eram defensores ardorosos da separação entre Igreja e Estado[49], e Newton também parece ter-se movido nessa direção[50]. Isso não quer dizer que Newton fosse um Sociniano. Newton, como os arianos, acreditava na preexistência de Cristo[51]. Os Socinianos não. No entanto, quando Newton não está lidando diretamente com a preexistência de Cristo, suas caracterizações de Deus e Cristo são praticamente indistinguíveis das do Socinianismo. Nem Newton acredita que os Socinianos – isto é, aqueles que negavam a pré-existência de Cristo – fossem hereges[52]. Este perfil hermenêutico expandido da cristologia de Newton, portanto, sugere uma mistura de elementos Arianos e Socinianos[53].
Esse exercício moveu a teologia de Newton para mais longe da ortodoxia que o arianismo – a denominação tradicional para a sua cristologia. Thomas Pfizenmaier recentemente tentou fazer o oposto, afirmando que Newton, mais tarde na vida, moveu-se do Arianismo para a ortodoxia e assim, no final, não foi um herege[54]. Pfizenmaier baseia seu argumento em grande parte em um dos trabalhos Mint de Newton (que ele cita através de Manuel), que pode mostrar que Newton aceitava a doutrina ortodoxa da eternidade do Filho, em algum momento do seu período de Londres[55]. Mas este é um empreendimento precário. É provável que a teologia de Newton passasse por pequenos ajustes e, afinal, o trabalho Mint só pode ser datado de após 1696. No entanto, um manuscrito pós-1710 demonstra duas vezes de forma inequívoca que Newton acreditava que a eterna geração não fora ensinada até o quarto século, atribuindo a sua difusão na Igreja aos seus corruptores favoritos, Atanásio e os monges[56]. É duvidoso que a opinião de Newton, baseado em décadas de trabalho histórico, mudasse substancialmente tão tarde na vida[57]. Nem, como vimos, a heresia de Newton depende de um único elemento de sua cristologia, ou mesmo apenas sobre questões Trinitológicas. Porque, além de negação da Santíssima Trindade, ele também rejeitava a alma imortal e espíritos malignos. É difícil imaginar uma combinação mais herética do que estas três. Embora as duas últimas crenças também fossem enraizadas no seu biblicismo, elas teriam sido vistas como equivalentes ao ateísmo[58]. Medido contra a ortodoxia, Newton era um herege condenável.
Um novo estudo vai ter que determinar se é apenas uma coincidência que, dentro de 4-5 anos do surgimento do Nucleus de Sand, em 1669, Newton começou a interpretar a Bíblia e a história da Igreja de forma indistinguível da de Sand. Mas, os únicos livros contam somente uma parte da história. Embora os livros possam tê-lo levado a procurar anti-trinitarianos contemporâneos, não devemos negligenciar a possibilidade de que tivesse ocorrido o contrário.
Newton pode ter sido apresentado a tais obras e ideias através do contato com cripto-socinianos ou unitarianos; como mostro a seguir, ele certamente estava em contato com eles nas décadas seguintes. A comunicação oral dos ensinamentos raramente pode sobreviver ao registro escrito, mas sua importância como um modo para a disseminação de ideias não deve ser subestimado; o próprio Newton operava dessa forma, como veremos. A partir da década de 1670, o tom e a natureza do anti-trinitarianismo de Newton tem uma notável semelhança com os argumentos iniciais dos Unitarianos ingleses influenciados pelos Socinianos – argumentos, eventualmente, codificados em várias publicações da final da década de 1680 e de 1690[59]. Por exemplo, um relatório originário do período de Cambridge de Newton o mostra acreditando que Deus havia enviado Maomé para revelar o único Deus aos árabes[60], o que ecoa a historia monotheistica Unitariana das décadas de 1670-1710[61]. Além disso, o amigo de Newton, Hopton Haynes afirmava que Newton tinha dito a ele que o tempo viria, quando a doutrina da encarnação seria explodida como um absurdo igual à transubstanciação[62]. Este também era um lugar-comum de Unitarianos polêmicos[63]. Mesmo com as incertezas restantes, esses ecos da retórica Unitariana, combinados às evidências de apropriação de Sand e dos Socinianos ajudam a localizar muito da teologia de Newton e demonstram suas associações com uma heresia maior[64].
Continua….
Autor: Stephen D. Snobelen
Tradução José Filardo
Fonte: Bibliot3ca
*Snobelen é membro do Departamento de História e Filosofia da Ciência, Universidade de Cambridge, Free School Lane, Cambridge CB2 3RH.
NOTAS
[9] – Westfall, op. cit. (1), 310.
[10] – R. Westfall, ‘Newton’s theological manuscripts’, in Contemporary Newtonian Research (ed. Z. Bechler), Dordrecht, 1982, 130.
[11] – John Harrison, The Library of Isaac Newton, Cambridge, 1978, item 1444.
[12] – Lech Szczucki, ‘Socinian historiography in the late seventeenth century’, in Continuity and Discontinuity in Church History (ed. F. F. Church and Timothy George), Leiden, 1979, 293.
[13] – Szczucki, op. cit. (12), 292.
[14] – Ver particularmente liber secundus de C. Sand ‘s Núcleo Historiae ecclesiasticae, Cosmopoli [Amsterdam], 1669. Os Homoousianos eram o principal partido trinitário do quarto século.
[15] – Isaac Newton, a correspondência de Sir Isaac Newton (ed. H. W. Turnbull et al.), 7 vols. Cambridge, 1959-77, iii, 89.
[16] – King’s College Library, Cambridge, Keynes MS (hereafter Keynes MS) 2, p. 19. Na minha transcrição destes e de outros manuscritos, exclusões são representadas por tachados e inserções colocado dentro de colchetes. Traduções a partir de fontes impressas e manuscritas Latinas são minhas.
[17] – Westfall sugere que grande parte do Commonplace Book data da década de 1670 (op. cit. (10), 142), mas diversas considerações, incluindo referências a livros publicados no início dos anos 1680, apontam para uma data um pouco mais tarde para a maior parte do material.
[18] – Mordechai Feingold, `Isaac Barrow’s library’, in Before Newton: The Life and Times of Isaac Barrow (ed.M. Feingold), Cambridge, 1990, 337-8, 363. Newton também estava entre aqueles que ajudaram a catalogar a biblioteca de Barrow após a morte deste último. Ver Manuel, op. cit. (2), 85.
[19] – Gostaria de agradecer ao professor Feingold pela confirmação de que o título de Interpretationes é erroneamente dado para o Nucleus (Sand, op. Cit. (14)) na lista de livros que Newton pode ter adquirido de Barrow. Feingold, op. cit. (18), 371.
[20] – A cópia de Newton do Nucleus está dobrada para baixo na página 146, que se refere tanto a Fausto Sozzini quanto a Gyorgy Enyedi. Trinity College Library (hereafter Trinity College), Cambridge NQ.9.17.
[21] – Ver HJ McLachlan, Socinianism no século XVII na Inglaterra, Oxford, 1951.
[22] – Harrison, op. cit. (11), items 421, 458, 459, 495, 496, 985, 1385, 1534.
[23] – Harrison, op. cit. (11), item 557.
[24] – Harrison, op. cit. (11), item 604.
[25] – Newton, op. cit. (15), iii, 84.
[26] – Ver catálogos da biblioteca de manuscrito de Trinity para 1675} 6 (Catálogo Hyde, itens 1220, 2565, 2570, 2575, 2705, 2710, 2715, 2720, 3865, 3870) e os (1670-1690 MS.Add.a.104, ff . 3v, 7r, 21r, 22r, 22v, 25r and 41v). Nenhum item por Sand aparecer em qualquer um destes catálogos. Como prova de que Newton estava familiarizado com o acervo da biblioteca do Trinity College (então convenientemente situado imediatamente acima seus aposentos), ver Keynes MS 2, f. IIV.
[27] – Feingold, op. cit. (18), 344, 361, 365. O próprio Barrow era firmemente contrário ao Socinianismo. John Gascoigne, Isaac Barrow’s academic milieu: Interregnum and Restoration Cambridge’, in Feingold op. cit. (18), 26.
[28] – No total, existem 42 títulos separados. Ver Harrison e Peter Laslett, The Library of John Locke, Oxford, 1971, itens 331, 723, 876, 877, 878, 879, 880, 881, 882, 883, 883a, 884, 1062, 1960, 1377, 1378, 2508 , 2509, 2574, 2575, 2576, 2577, 2683, 2693, 2694, 2695, 2696, 2697, 2704, 2705, 2706, 2707, 2708, 2709, 2710, 2711, 2712, 3009, 3103, 3104, 3170, 3174. Locke também possuía quatro títulos de Sand (2549, 2550, 2551, 2748) e um por Enyedi (1052). Sobre o envolvimento de Locke com Socinianismo, ver John Marshall, `Locke e o Socinianismo”, no prelo.
[29] – Ver S. Snobelen, A biblioteca de Samuel Clarke, Iluminismo e Dissent (1997), 16, 187-8, 193, 197.
[30] – Cambridge University Library (doravante CUL) MSO o.7.49, ff. 40 r, 60r, 198v, 199r, 215r; Bodleian Library, Oxford MS Add. D.81, ff. 95v, 376r, 387v, 408r, 409r-409v, 414v, 443v, 454v, 455v; Bodleian MS Add. D.81*, ff. 108v, 266r. Uma dica sobre o relacionamento de Newton com Moore pode ser vista em Newton, op. cit. (15), v, 413-14.
[31] – Fondation Martin Bodmer, MS, Geneva; Jewish and National University Library, Yahuda MS 15; Stanislaw Lubieniecki, History of the Polish Reformation (tr. George H. Williams), Minneapolis, 1995, 80-7, 190-3, 199-201, 248-50, 275, 336-7. Veja também Szczucki, op. cit. (12), 285-300.
[32] – Lubieniecki, op. cit. (31), 274-8; Bodmer MS 5, ff. 3r-4r, 9r; MS 5B, f. 9r; MS 8, f. 2r (onde não existe paginação consistente neste manuscrito, eu numero fólios a partir das divisões de capítulo datilografados inseridos); Yahuda MS 15.5, ff. 79r, 97r, 154r, 170r.
[33] – George H. Williams (ed.), The Polish Brethren, Missoula, 1980, 560; Bodmer MS.
[34] – Dariusz Jarmola, “As origens e o desenvolvimento de crentes: o batismo entre os Irmãos poloneses no século XVI”, dissertação de doutorado, Southern Baptist Theological Seminary, 1990 (DAI 9028238), 60; Bodmer MS 5, ff. 2r-3r; MS 8, f. 2r; Yahuda MS 15.5, f. 154r.
[35] – Lubieniecki, op.cit (31) ,248-9;. Paradoxical questions concerning the morals and actions of Athanasius `’, William Andrews Clark Memorial Library, University of California Los Angeles MS (doravante Clark MS); Keynes MS 10.
[36] – Szczucki, op. cit. (12), 294. Eu lido com a teologia remanescente de Newton abaixo.
[37] – Johann Crell, The Two Books of John Crellius Francus, Touching One God the Father, [London], 1665, 186, 244; The Racovian Catechism (tr. Thomas Rees), London, 1818, 39-42; George H. Williams, The Radical Reformation, 2nd edn., Kirksville, 1992, 645.
[38] – Comparar com Rees (tr.), op. cit. (37), 17-18, 42.
[39] – Para o texto completo do `Duas corrupções notáveis ’, ver Newton, op. cit. (15), iii, 83-149.
[40] – Alguns exemplos representativos são: Keynes MS 2, f. XIr; Keynes MS 3, pp. 1, 39; Keynes MS 8, f. 1r; Bodmer MS 1, f. 12r; Williams, op. cit. (33), 316, 392, 398; Rees (tr.), op. cit. (37), 29, 34, 57, 151, 196; Lubieniecki, op. cit. (31), 163; Crell, op. cit. (37), 13-22, 190, 214, 222.
[41] – Yahuda MS 15.5, f. 154r; Bodmer MS 5A, f. 8r; Rees (tr.), op. cit. (37), 132-3.
[42] – See Bodmer MS 1, ff. 11r-12r; Bodmer MS 5A, ff. 8r-9r; Williams, op. cit. (33), 391-4; Rees (tr.), op. cit. (37), 25; Lubieniecki, op. cit. (31), 163; ver também James E. Force, `Newton’s God of dominion: the unity of Newton’s theological, scientific, and political thought’, in Force and Popkin, op. cit. (4), 75-102.
[43] – Keynes MS 3, p. 45r; Bodmer MS 5A, f. 8r-9r; Rees (tr.), op. cit. (37), 55.
[44] – ClarkMS,ff.54r-55r;YahudaMS7.2e,f.4v;Newton,op.cit.(15),iii,336,339;James E.Force, ‘The God of Abraham and Isaac (Newton)’, in The Books of Nature and Scripture (ed. J. E. Force and R. H. Popkin), Dordrecht, 1994, 179-200; Williams, op. cit. (33), 112-22, 363-5.
[45] – Ver, por exemplo Yahuda MS 9.2, ff. 19v-21v.
[46] – Williams, op. cit. (37), 105, 115, 119-20, 364; cf. Rees (tr.), op. cit. (37), 367; W. Whiston, Historical Memoirs of the Life of Dr. Samuel Clarke, London, 1730, 98, and The Eternity of Hell Torments Considered, London, 1740, 49; cf. Keynes MS 9, ff. 1r, Ar, Br, 13r.
[47] – Há muitos exemplos disso nos escritos de Newton, incluindo Keynes MS 3, pp 1, 3, 9-11, 23, 31, 43, 44; Keynes MS 6, f. 1r; Bodmer MS 2, ff. 20-22, 26, 34; Newton, op. cit. (15), iv, 405. Sobre as opiniões de Newton, ver também W. Whiston, A collection of Authentick Records Belonging to the Old and New Testament, 2 vols., Londres, 1728, ii, 1074-5 e Memoirs of the Life and Writings of Mr. William Whiston, 2 vols., Londres, 1753, i, 178. Para os Socinianos, ver Williams, op.cit (33), 21-2,446-57, 624-5;. Rees (tr.), op.cit.37, 249-62; Lubieniecki, op. cit. (31), 373-6.
[48] – Keynes MS 3; Yahuda MS 15.5, f. 154r; Yahuda MS 39. Comparar com Bernard le Bovier de Fontenelle, The Life of Sir Isaac Newton (the Eloge), Londres, 1728, 28; Williams, op. cit. (37), 291-302, 342-54, 559-81.
[49] – Williams, op. cit. (37), 1282-4.
[50] – Keynes MS 6, f. 1r; Yahuda MS 39.
[51] – Cf. Keynes MS 3, p. 45r, Yahuda MS 15 and Bodmer MS.
[52] – Bodmer MS 5A, ff. 5r, 8r (cf. f. 1r); cf. Yahuda MS 15.5, f. 96r.
[53] – See also Wiles, op. cit. (8), 83-4.
[54] – Pfizenmaier, op. cit. (7), 80.
[55] – Pfizenmaier, op. cit. (7), 69; Manuel, op. cit. (2), 71-2.
[56] – Yahuda MS 15.5, ff. 177v, 183r-v. Pfizenmaier não cita estes exemplos.
[57] – Minha própria análise da teologia de Newton inclui manuscritos pós-1710.
[58] – Thomas Hobbes e Balthassar Bekker, que também negava os maus espíritos eram muito caluniados por seus pontos de vista. Sobre o radicalismo percebido desta posição, ver John Edwards, Some thoughts Concerning the Several Causes and Occasions of Atheism, Londres, 1695, 100-1, que o vê como uma porta aberta para o ateísmo, e J. Hunter (ed.), The diary of Ralph Thoresby, 2 vols., Londres, 1830, ii, 159.
[59] – Ver especialmente [Stephen Nye], A Brief History of the Unitarians called also Socinians, London, 1687 and Anonymous, The Faith of the One God, London, 1691.
[60] – Este relatório é citado em alemão em J. Edleston, Correspondence of Sir Isaac Newton and Professor Cotes, Londres, 1850, p. lxxx.
[61] – Sobre isso, ver Justin Champion, Pillar of Priestcraft Shaken, Cambridge, 1992, 99-132.
[62] – Richard Baron, Preface, Cordial For Low Spirits, 3 vols., London, 1763, i, pp. xviii-xix.
[63] – Cf. Champion, op. cit. (61), 109-10.
[64] – Jean-François Baillon fala do envolvimento de Newton em uma rede clandestina unitariana-sociniana em `Newtonisme et ideologie dans l’Angleterre des Lumiéres’, Tese de doutroado em Letras, Sorbonne, 1995, 215.
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