A imutabilidade dos landmarks sob questão

Todos sabemos do caráter de imutabilidade e irrevogabilidade com que são gravados os landmarks. Ela é determinada pelo último desses marcos, que regula a inalterabilidade dos anteriores, nada podendo ser-lhes acrescido ou retirado. Daí talvez o caráter de sagrado com que esses marcos são tratados por muitos irmãos, como se eles tivessem sido revelados a Mackey, assim como foram os dez mandamentos revelados a Moisés.

Felizmente, existem também irmãos que entendem que essa é uma obra do próprio Mackey e, por isso, podem ser questionados e até alterados, sem o cometimento de qualquer heresia.

Graças a este segundo entendimento, me permito fazer neste trabalho um questionamento que, para ser breve, restringirei apenas ao último desses marcos, o qual julgo ser o mais arbitrário da lista. Tal landmark, nas palavras de Mackey, afirma a inalterabilidade dos anteriores, nada podendo ser-lhes acrescido ou retirado, nenhuma modificação podendo ser-lhes introduzida. Assim como de nossos antecessores os recebemos assim os devemos transmitir aos nossos sucessores.

Meu primeiro argumento contra, baseia-se nos ensinamentos de um dos maiores pensadores de todos os tempos; o filósofo “pai do Iluminismo”, Immanuel Kant.  Segundo ele, a pedra de toque de tudo o que se pode decretar como lei sobre um povo reside na pergunta: poderia um povo impor a si próprio essa lei?”   

A validade desse preceito kantiano invalida a autoridade do último marco de Mackey pois, como nos apontam vários autores, o próprio Mackey criou e alterou alguns desses marcos. Portanto, conforme esse aforismo, se a regra não valeu para o próprio Mackey, não deveria valer para mais ninguém.

O segundo argumento eu o encontrei em uma instrução dos graus superiores de nossa própria Ordem. Nessa instrução, um dos monitores pergunta “que outras condições devem ter as Leis Constitucionais”. A resposta é que o próprio texto de uma constituição deve explicar clara e terminantemente a maneira de reformulá-las, quando o progresso exigir, pois o que em determinada época se criou bom, não o é em outras. Essa instrução deixa claro o caráter progressista da maçonaria, esclarecendo-nos que nada é para sempre, nem mesmo as leis constitucionais da ordem.

A esses dois argumentos, um de origem filosófica e outro de origem instrutiva, acrescento um último, definitivo, que é o cerne da filosofia e da doutrina maçônica: o uso da razão. E a razão, bem sabemos, não aceita imposição, não aceita autoridade, não aceita mandamentos. Portanto, não fica bem para a nossa ordem a imposição de uma regra, por si só, a nós, discípulos da razão! 

Portanto, se entendido que as duas primeiras premissas já invalidam tal landmark, a última é o tiro de misericórdia na pretensão de Mackey, de querer imutáveis e definitivos seus landmarks.

Sem qualquer pretensão, vou além: acredito que esses argumentos fragilizam toda defesa de inalterabilidade ou imutabilidade que possa existir em nossa ordem. Ou seja, nada deve estar imune a discussões, a confrontações, a debates, quando almejamos a verdade. E nada, a bem da preservação da própria instituição, deve resistir a mudanças necessárias quando uma razão muito bem apurada assim orientar.

Porém, antes de terminar, entendo que apesar do dito, deve-se grande justiça ao valoroso irmão Mackey. Considere-se o tempo em que tais landmarks foram promulgados; uma época de profundas e constantes transformações na sociedade europeia. Além dos reflexos da Revolução Francesa, as instituições também experimentavam grandes desafios lançados pela publicação do “Manifesto Comunista” e de “A Origem das Espécies”, obras que impuseram fortes provações aos paradigmas sociais e científicos da época. Foi nesse contexto conturbado, marcado por sérias transformações de toda origem, que Mackey se ocupou dessa complicada tarefa. Muito provavelmente, preocupado com toda aquela transformação de costumes, Mackey adotou essa medida conservadora, como forma de preservar o que ele argumentava ser a tradição da ordem. Ou seja, utilizou-se do conhecido “argumentum ad antiquitatem” (argumento da antiguidade), para fazer acreditar que, se algo sempre foi assim, não tinha por quer ser mudado.  Talvez uma falácia, mas que surtiu o efeito desejado, salvando nossa Ordem daquelas convulsões sociais, preservando-a até nossos dias.   

O que não vejo justificativa é para, ainda hoje, livres dos riscos do passado, existirem irmãos apressados a julgar hereges e quererem condenar ao fogo do inferno, qualquer outro que ouse discutir as regras de nossa ordem. Aos “inquisidores” de plantão, vale lembrar que a Maçonaria nos foi dada por homens, não por deuses!

Autor: Gilberto Duque

*Gilberto é Mestre Maçom da ARLS Águia das Alterosas – Nº 197, da GLMMG, Oriente de Belo Horizonte.

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Albert G. Mackey sobre a Lenda de Enoque

No estudo das ciências, ao ensiná-las a seus filhos e contemporâneos, e ao instituir os ritos de iniciação, Enoque deve ter passado os anos de sua vida pacífica, piedosa e útil, até que os crimes da humanidade cresceram de tal modo que, nas palavras expressivas das Sagradas Escrituras, “toda imaginação dos pensamentos no coração do homem era continuamente má”. Foi então, de acordo com uma tradição maçônica, que Enoque, enojado com a maldade que o cercava e horrorizado com o pensamento de suas consequências inevitáveis, fugiu para a solidão e o sigilo do Monte Moriá e se dedicou à oração e à piedosa contemplação. Foi naquele local então consagrado pela primeira vez por este eremitério patriarcal, e posteriormente tornado ainda mais santo pelos sacrifícios de Abraão, Davi e Salomão – que somos informados de que a Shekinah, ou presença sagrada, apareceu a ele, e deu-lhe as instruções que deveriam preservar a sabedoria dos antediluvianos para sua posteridade quando o mundo, com exceção de apenas uma família, deveria ser destruído pelo dilúvio que se aproximava. As circunstâncias que ocorreram naquela época são registradas em uma tradição que constitui o que foi chamado de Grande Lenda Maçônica “de Enoque”, e que segue para este efeito:

Enoque, sendo inspirado pelo Altíssimo e em comemoração a uma visão maravilhosa, construiu um templo subterrâneo e o dedicou a Deus. Seu filho, Matusalém, construiu o edifício; embora ele não conhecesse os motivos de seu pai para a edificação. Este templo consistia em nove abóbadas de tijolos, situadas perpendicularmente umas às outras e comunicando-se por aberturas deixadas no arco de cada abóbada.

Enoque então fez com que uma placa triangular de ouro fosse feita, cada lado da qual tinha um côvado de comprimento; ele a enriqueceu com as pedras mais preciosas e incrustou a placa sobre uma pedra de ágata da mesma forma. No túmulo ele gravou, em caracteres inefáveis, o verdadeiro nome da Divindade e, colocando-o sobre um pedestal cúbico de mármore branco, depositou o todo dentro do arco mais profundo.

Quando esta construção subterrânea foi concluída, ele fez uma porta de pedra e, prendendo a ela um anel de ferro, pelo qual poderia ser ocasionalmente levantado, colocou-o sobre a abertura do arco superior e o cobriu para que a abertura não pudesse ser descoberta. O próprio Enoque só tinha permissão para entrar uma vez por ano; e com a morte de Enoque, Matusalém e Lameque e a destruição do mundo pelo dilúvio, todo o conhecimento deste templo e do tesouro sagrado que ele continha foi perdido até que, em tempos posteriores, foi acidentalmente descoberta por outro digno da Maçonaria, que, como Enoque, se envolveu na construção de um templo no mesmo local.

A lenda continua para nos informar que depois que Enoque completou o templo subterrâneo, temendo que os princípios das artes e ciências que ele cultivou com tanta assiduidade se perdessem naquela destruição geral da qual ele recebeu uma visão profética, ergueu duas colunas – uma de mármore, para resistir à influência do fogo, e outra de bronze, para resistir à ação da água. No pilar de bronze ele gravou a história da criação, os princípios das artes e das ciências e as doutrinas da Maçonaria Especulativa como eram praticadas em sua época; e no de mármore inscreveu caracteres em hieróglifos, informando que perto daquele local se encontrava um precioso tesouro depositado em uma abóbada subterrânea.

Josefo dá conta desses pilares no primeiro livro de suas Antiguidades. Ele os atribui aos filhos de Seth, o que não é de forma alguma uma contradição da tradição maçônica, visto que Enoque foi um desses filhos. “Para que suas invenções”, diz o historiador, “não se perdessem antes de serem suficientemente conhecidas, com a predição de Adão de que o mundo seria destruído em um momento pela força do fogo e em outro momento pela violência e quantidade de água , eles fizeram dois pilares – um de tijolo, o outro de pedra; eles inscreveram suas descobertas em ambos, que no caso de a coluna de tijolo ser destruída pelo dilúvio, a coluna de pedra poderia permanecer e exibir essas descobertas para a humanidade, e também informá-los que havia outra coluna de tijolo erguida por eles. Agora, isso permanece na terra de Siriad até hoje”.

Enoque, tendo completado esses trabalhos, convocou seus descendentes si no Monte Moriá e, tendo-os avisado da maneira mais solene sobre as consequências de sua iniquidade, exortou-os a abandonar suas idolatrias e retornar mais uma vez à adoração do Deus verdadeiro. A tradição maçônica nos informa que ele então entregou o governo da Arte a seu neto, Lameque, e desapareceu da terra.

Autores: Albert G. Mackey
Traduzido por: Rodrigo de Oliveira Menezes

Fonte: Ritos & Rituais

Nota do Blog

O texto deste post está na pág. 245 da edição de 1912 de “Uma Enciclopédia da Maçonaria e a Suas Ciências Relacionadas” (An Encyclopaedia of Freemasonry and Its Kindred Sciences) de Albert G. Mackey. A edição completa da Enciclopédia pode ser acessada pelos links abaixo (em inglês):

Mackey’s Encyclopaedia of Freemasonry: Volume I

Mackey’s Encyclopaedia of Freemasonry: Volume II

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Episódio 14 – Albert Mackey e o Simbolismo da Pedra Angular

Quem foi Albert Mackey?

Alguns autores e obras são citados constantemente na maioria dos livros pela sua importância cronológica e, mais ainda, pela contribuição imprescindível que deram na organização de nossa instituição. Poderíamos mencionar os trabalhos eternos de Joseph Paul Oswald Wirth, Robert Freke Gould, George Kloss, William Hutchinson, René Guénon, Wilhelm Begemann, Eliphas Levy, Alec Mellor e tantos outros não menos importantes. Trataremos aqui, de maneira breve, da obra de Albert Gallatin Mackey, possivelmente, o mais citado de todos os autores, fato este que se deve a especificamente um de seus legados.

O americano Albert Gallatin Mackey talvez tenha sido o mais importante historiador e jurista maçônico que aquela nação já produziu. Segundo seus próprios compatriotas, até hoje não se avaliou adequadamente as consequências que seus trabalhos tiveram sobre a maçonaria, não só americana, mas também de todo o mundo.

Dos Irmãos Americanos que conquistaram fama internacional no mundo maçônico, vários foram escritores cujos trabalhos ajudaram na formação e na extensão da luz maçônica, dentre estes nenhum escreveu tão volumosamente como o fez Mackey.

Nascido em 12 de março de 1807 na cidade de Charleston no estado americano da Carolina do Sul, Albert Mackey graduou-se com honras na faculdade de medicina daquela cidade em 1834. Praticou sua profissão por vinte anos, após o que dedicou quase que completamente sua vida à obra maçônica.

Recebeu o grau 33, o último grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, e tornou-se membro do Supremo Conselho onde serviu como Secretario-Geral durante anos. Foi nesta época que ele manteve uma estreita associação com outro famoso maçom a americano, Albert Pike.

Participou como membro ativo de muitas lojas, inclusive a legendária “Solomon’s Lodge No. 1,(http://www.solomonslodge.org/main.htm), fundada em 1734, que é, ainda hoje, a mais famosa e mais antiga loja operando continuamente na América do Norte. Ocupou inúmeros cargos de destaque nos mais altos postos da hierarquia maçônica de seu país.

Pessoalmente o Dr. Mackey foi considerado encantador por um círculo grande de amigos íntimos. Seu comportamento representava bem o que, entre os americanos, é chamado de cortesia sulista. Sempre que se interessava por um assunto era muito animado em sua discussão, até mesmo eloquente. Generoso, honesto, leal, sincero, ele mereceu bem os elogios e qualificações que recebeu de inúmeros maçons de destaque.

Um revisor da obra de Mackey disse que, como autor de literatura e ciência maçônica, ele trabalhou mais que qualquer outro na América ou na Europa. Em 1845 ele publicou seu primeiro trabalho, intitulado Um Léxico de Maçonaria, depois disto seguiram-se:

“The True Mystic Tie” 1851; The Ahiman Rezon of South Carolina,1852; Principles of Masonic Law, 1856; Book of the Chapter, 1858; Text-Book of Masonic Jurisprudence, 1859; History of Freemasonry in South Carolina, 1861; Manuel of the Lodge, 1862; Cryptic Masonry, 1867; Symbolism of Freemasonry, and Masonic Ritual, 1869; Encyclopedia of Freemasonry, 1874; and Masonic Parliamentary Law 1875.

Mackey esteve até o fim da vida envolvido com a produção de conhecimento maçônico. Além dos livros citados ele contribuiu com freqüência para diversos periódicos e também foi editor de alguns. Por fim, publicou uma monumental “History of Freemasonry”, que possui sete volumes. Um testemunho da importância e popularidade que os livros escritos por Mackey têm é o fato de que muitos deles são editados até hoje e estão à venda em livrarias, inclusive pela Internet. 

Para quem tem habilidade de leitura em inglês, é possível ler um livro inteiro de Mackey disponível na internet. O título “Symbolism of Freemasonry” ou o Simbolismo na Maçonaria, de 364 páginas, que pode ser encontrado no seguinte link: http://www.hti.umich.edu/cgi/t/text/text-idx?c=moa;idno=AHK6822. Dos muitos trabalhos que o Dr. Mackey legou à posteridade, um julgamento quase universal identifica a Encyclopedia of Freemasonry” como a obra de maior importância. Anteriormente a publicação deste livro não havia nenhum de igual teor e extensão em qualquer parte do mundo. Esta obra teve muitas edições e foi revisada várias vezes por outros autores maçônicos.

A contribuição de Mackey para o pensamento e leis maçônicas, produto de sua mente clara e precisa, é tida como de fundamental importância. Praticamente toda a legislação maçônica fundamental é hoje interpretada com base em alguns de seus escritos. É verdade que algumas de suas obras contêm enganos, mas o conjunto é de extremo valor e, em particular, um trabalho tem especial destaque no mundo todo. A compilação feita por ele dos marcos ou referenciais básicos da maçonaria é adotada como fundamento em vários ritos e obediências. Estamos falando aqui dos tão mencionados e conhecidos “Landmarks”.

A primeira vez em que se fez menção à palavra Landmark em Maçonaria foi nos Regulamentos Gerais compilados em 1720 por George Payne, durante o seu segundo mandato como Grão-Mestre da Grande Loja de Londres, e adotados em 1721, como lei orgânica e terceira parte integrante das Constituições dos Maçons Livres, a conhecida Constituição de Anderson, que, em sua prescrição 39, assim, estabelecia:

“XXXIX – Cada Grande Loja anual tem inerente poder e autoridade para modificar este Regulamento ou redigir um novo em benefício desta Fraternidade, contanto que sejam mantidos invariáveis os antigos Landmarks…”

A tradução da palavra Landmark do inglês para o português resulta no substantivo “marco”, que, caso consultemos o dicionário Aurélio, tem o seguinte significado:

Marco [De marca.] S. m. 1. Sinal de demarcação, ordinariamente de pedra ou de granito oblongo, que se põe nos limites territoriais. [Cf. baliza (1).] 2. Coluna, pirâmide, cilindro, etc., de granito ou mármore, para assinalar um local ou acontecimento: o marco da fundação da cidade. 3. Qualquer acidente natural que se aproveita para sinal de demarcação. 4. Fig. Fronteira, limite: os marcos do conhecimento.

Estas definições exemplificam bem o contexto no qual o termo Landmark é utilizado, além de fazer uma referência quase explícita às origens operativas da maçonaria, quem já construiu algo em alvenaria sabe que a fixação dos marcos é um dos primeiros momentos da obra e um passo fundamental para a sua execução. Sem marcos bem estabelecidos fica muito difícil a obra ser bem executada.

Os Landmarks, que podem ser considerados uma “constituição maçônica não escrita”, longe de serem uma questão pacífica, se constituem numa das mais controvertidas demandas da Maçonaria, um problema de difícil solução para a Maçonaria Especulativa. Há grandes divergências entre os estudiosos e pesquisadores maçônicos acerca das definições e nomenclatura dos Landmarks. Existem várias e várias classificações de Landmarks, cada uma com um número variado deles, que vai de 3 até 54. Virgilio A. Lasca, em “Princípios Fundamentales de la Orden e los Verdaderos Landmarks”, menciona uma relação de quinze compilações.

As Potências Maçônicas latino-americanas, via de regra, adotam a classificação de vinte e cinco Landmarks compilada por Albert Gallatin Mackey. Deve-se a isto a frequência com que o Mackey é mencionado também entre nós.

Segundo estudiosos do assunto, a compilação de Mackey teve sucesso por que conseguiu ir ao passado e trazer as tradições e costumes imemoriais à prática maçônica moderna. Este trabalho estabeleceu a ordem em meio ao caos, fornecendo um ponto de partida para os juristas e legisladores maçônicos que o seguiram.

Fato é que o grande trabalho de Mackey em jurisprudência, e mesmo o que se estende além dos Landmarks ou da jurisprudência, sobreviveu ao teste do tempo. Ainda hoje ele é freqüentemente citado como uma autoridade final. Suas contribuições tiveram, e ainda tem, um efeito profundo e permeiam grande parte do pensamento maçônico moderno. Ao criar sua obra, este autor, estava na realidade criando os marcos sobre os quais foi possível edificar grande parte do conhecimento maçônico que se produziu posteriormente.

Albert Gallatin Mackey passou ao oriente eterno em Fortress Monroe, Virgínia, em 20 de junho de 1881, aos 74 anos. Foi enterrado em Washington em 26 de junho, tendo recebido as mais altas honras por parte de diversos Ritos e Ordens. Hoje existe nos Estados Unidos uma condecoração, a “Albert Gallatin Mackey Medal” , que é a mais alta condecoração concedida a alguém que muito tenha contribuído para a causa maçônica.

Fonte: Núcleo de Pesquisas Maçônicas

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Bibliografia

Este trabalho foi elaborado tendo como base a bibliografia listada abaixo, sendo que dela foram retirados as idéias centrais, referências e inclusive transcrições literais.

[1] – Publicação da ARLS São Paulo nº 43. (http://www.lojasaopaulo43.com.br/publicacoes.php)

[2] – Publicação da Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba. (http://www.grandeloja-pb.org.br/legis_landmarks.htm)

[3]The Grand Lodge of Free and Accepted Masons of the State of California (http://www.freemason.org/mased/stb/stbtitle/stb1936/stb-1936-02.txt)

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